segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Erosão

A erosão é um fenómeno que implica a remoção do material de um lugar para o outro, com intervenção de diversos agentes (agentes de erosão). Os agentes erosivos arrancam e separam fragmentos da rocha-mãe.
Nem sempre é fácil compreender como a Terra, que aparentemente é tão firme e sólida, se altera em muitos aspectos. Sobre ela actuam a água, o vento, a neve, o ar húmido, a temperatura, os seres vivos, etc.
A erosão não actua continuamente sobre um primeiro e único relevo. Os agentes internos são construtivos, trabalham alternadamente com os agentes externos com tendência a estabelecer o equilíbrio. São os agentes internos que contribuem para a formação de novos relevos subjacentes aos perfis da superficie terrestre. A seguir, os agentes externos actuam com toda a energia, tendendo a nivelar os relevos.
A erosão tende a reduzir gradualmente as zonas salientes e a transformar a superfície em peneplanícies (ciclo de erosão). Os produtos de desagregação podem ficar no próprio lugar ou próximo dele, contribuindo para a formação do solo.

Conforme os agentes erosivos ou as condições particulares em que se efectua, a erosão assume aspectos diferentes:
Erosão eólica - A acção erosiva do vento é feita através da remoção de partículas sedimentares deixando a descoberto a rocha sã que, desta forma, fica sujeita à acção da meteorização. O vento, em conjunto com as partículas que transporta, desgasta as rochas agindo como se fosse uma lixa. Esta erosão específica denomina-se corrosão, originando rochas alveolares e blocos pedunculados.
No caso do bloco pendulado, como a carga, quantidade de detritos por unidade de volume, transportada pelo vento é maior junto ao solo neste caso, ocorre nas rochas uma corrosão diferencial que pode originar os blocos.


 

Erosão fluvial - Também designada erosão normal, tem como agente principal as águas correntes (águas de escorrência, em particular as águas selvagens que não correm em leito próprio), as torrentes, os ribeiros e os rios. Quando chove, podemos admitir que cerca de um terço da água caída volta a evaporar-se, outro terço corre à superfície e o outro terço infiltra-se no terreno. A erosão das águas superficiais resulta das partículas que a água transporta e da inclinação dos terrenos sobre que desliza.
Um exemplo da acção erosiva da água é formação de chaminés-de-fada. Esta formação resultanta da acção erosiva das águas selvagens em terrenos detríticos heterogéneos, muitas vezes de origem glaciária. Sob a acção da chuva os detritos de maior tamanho situados à superfície são postos em relevo, sendo continuado por um sulco cada vez mais profundo. Finalmente estes detritos ficam empoleirados no cimo de colunas e simulam capitéis. Estas formações, que se denominam chaminés de fada ou pirâmides de terra, apresentam as paredes eriçadas de pedras, que funcionam como goteiras, protegendo-as contra a destruição imediata.


Erosão cársica - Existente principalmente nas regiões calcárias, é realizada pelas águas subterrâneas que se infiltram nas rochas permeáveis onde circulam. As rochas permeáveis mantêm a água até certa altura, formando o manto aquífero, cujo nível superior se denomina nível freático. As águas subterrâneas originam galerias e canais, grutas, cavernas, etc., em profundidade, enquanto que na superfície a erosão modela formas particulares muitas vezes ruiniformes, em que sobressaem os lapiazes, covões, algares, poljes, dolinas, etc.

Erosão glaciária - É provocada pelo gelo dos glaciares quando se desloca lentamente em direcção às regiões mais baixas. A acção erosiva é realizada pela massa de gelo em deslocação e pelos detritos transportados por essa massa gelada. A erosão glaciar origina a formação de vales em U (caleira glaciária), que nas zonas litorais constituem os fiordes.

Erosão marinha - a superfície dos oceanos é três vezes superior à das terras emersas, pelo que a sua acção erosiva é muito significativa no modelado das costas e no depósito de material transportado pelos rios. A erosão é realizada por acção das ondas e das marés, que desgastam a base das falésias, provocando um retrocesso dos alcantilados.

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